Os primeiros dias do ano de 2024 são caraterizados pela mudança de preços de vários produtos e serviços, um pouco por todo o país e que chegam a todos os setores.
A primeira diferença que todos os portugueses vão “sentir na carteira” face a 2023 são os produtos de primeira necessidade, que deixam de estar abrangidos pela iniciativa “IVA Zero”. Alimentos como o arroz, a massa e todos os 46 produtos caraterizados como necessários vão voltar a ser comercializados com IVA, a partir de 4 de janeiro.
Luz
Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), O preço da eletricidade vai aumentar 3,7% já este mês, no mercado regulado. Já no mercado liberalizado, apenas a EDP Comercial anunciou que, a partir deste mês, vai reduzir a componente ‘energia’ em 21%, sem ter indicado as tarifas finais.
Água
A Entidade Reguladora para o Setor da Água e Resíduos (ERSAR) recomendou aos fornecedores que procedam a um aumento percentual médio de 8,5% na fatura da água em 2024.
Telecomunicações
Os serviços de telecomunicações vão registar aumentos a partir de 1 de fevereiro. A subida já foi confirmada pelas três principais operadoras – NOS, MEO e Vodafone – e obedecerá à taxa de inflação deste ano. O aumento poderá atingir os 4,6%.
Gás natural
O preço do gás também contará com nova subida a partir deste ano, depois do aumento de 0,6% suportado pelas famílias em outubro passado. A Galp anunciou um aumento de 4%. Os preços do gás de botija são fixados pelos comercializadores.
Rendas
As rendas vão sofrer acréscimo de, pelo menos 6,94%, o valor mais alto desde 1994. A subida é parcialmente atenuada pelo reforço do apoio aos inquilinos e da parceria das rendas que pode deduzir no IRS. O apoio das rendas às famílias mais vulneráveis é até 4,94%.
Medicamentos
Prevê-se também que o preço dos medicamentos mais baratos aumente em 2024, à semelhança do que aconteceu em 2023. No entanto a presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), ainda não falou em percentagens de aumento.
Transportes
A CP – Comboios de Portugal também já anunciou o aumento dos preços. Os preços do alfa pendular vão sofrer um agravamento de 6,25%, enquanto os restantes serviços terão um aumento médio de 6,43%. Nos títulos próprios da STCP, ou seja, a compra do bilhete a bordo nos autocarros e nos elétricos não há previsão de atualização de valores.
Portagens
As portagens da Brisa, concessionário com o maior número de autoestradas, vão aumentar 2,1%. O valor tem como referência a taxa de inflação sem habitação em outubro e um adicional de 0,1%.
Sacos de plástico
Os sacos de plástico e as embalagens de alumínio começam a ser pagas e as embalagens de plástico também devem subir de preço. Os consumidores arriscam pagar mais do que os atuais 0,30 euros por cada embalagem descartável de plástico usada nas refeições prontas a comer na restauração e nos super e hipermercados. Os sacos de plástico ultraleves, normalmente utilizados na venda de fruta ou legumes a granel, por exemplo, vão passar a custar 4 cêntimos.
Pão
O pão é um dos produtos que vai subir, de modo a “mitigar os aumentos nos custos dos fatores de produção”, antecipou o presidente do Conselho Fiscal da Associação do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), em comunicado, mas sem adiantar valores.
Bacalhau
O bacalhau também deverá aumentar de preço devido ao aumento dos preços de produção deste peixe, que vão ser, “provavelmente, superiores aos de 2023”, apontou a Associação dos Industriais do Bacalhau.
Tabaco e bebidas alcoólicas
À semelhança do tabaco, o Orçamento do Estado também previu um aumento no preço das bebidas alcoólicas devido à aprovação de uma subida do Imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas (IABA), que se insere no Imposto Especial sobre o Consumo (IEC), e que vai subir cerca de 10%.