Dois lousadenses foram identificados como membros ativos de uma rede de neonazis ligada ao grupo de extrema-direita 1143, liderado por Mário Machado.
Um dos indivíduos, atualmente residente nos Países Baixos, é conhecido no Vale do Sousa por ter falido várias empresas. Foi já acusado de violência doméstica, e de difamação a várias personalidades em redes sociais, o que negou perante o juiz referindo que foi tudo obra de um hacker informático. O indivíduo foi, igualmente, exigido a retratar-se publicamente por falsas acusações a autarcas do concelho de Lousada.
O outro indivíduo é residente em Paços de Ferreira, tendo já estado imigrado no Brasil. É um homem de recados de outro membro do grupo 1143, e tem perfis promotores da extrema direita. Regularmente, faz acusações a outras pessoas e divulga notícias falsas.
O grupo 1143 tem ganho notoriedade, sendo que recentemente deu-se, inclusive, a suspensão da sua conta na plataforma de partilha de vídeos YouTube, devido à disseminação de discurso de ódio contra imigrantes e minorias étnicas, que promovia a incitação tanto ao ódio como à violência.
Além da sua presença no YouTube, o grupo 1143 também utiliza o Telegram para difundir mensagens racistas e xenófobas, sendo num desses grupos fechados que se iniciou a organização de uma manifestação realizada em fevereiro deste ano, em Lisboa.
As autoridades portuguesas continuam atentas aos movimentos do grupo, e dos seus membros, devido à sua possível participação em atividades ilegais e na propagação de ideologias extremistas.