Na noite de ontem, 3 de novembro, dezenas de utentes do Serviço Nacional de Saúde e da Sómimo – Associação de Utentes Voluntários do Centro de Saúde de Penafiel, manifestaram-se, junto ao Hospital de Penafiel, protestando pacificamente contra o encerramento das urgências.
Em declarações ao Terras do Vale do Sousa (TVS), Margarida Moreira, representante da Sómimo, associação que organizou a manifestação, refere que os utentes se juntaram em vigília porque entendem que devem “defender o Serviço Nacional de Saúde” (SNS) e acrescenta que “o fecho das urgências foi a gota de água, mas o SNS já vem há muito tempo a decair.”
A representante dos utentes de Penafiel, lamentou que “não tenham estado mais pessoas”, atribuindo esse facto ao mau tempo que se fazia sentir e disse que a manifestação serve, ainda, para “exigir mais respeito”.
Os manifestantes, permaneceram durante algum tempo junto à entrada principal do hospital, debaixo de chuva e frio, expondo cartazes com frases como “ O SNS não pode morrer. Deixem as nossas crianças nascer”, “Mais respeito, mais dignidade, mais saúde”, entre outras.
O presidente da câmara municipal de Penafiel, Antonino de Sousa, juntamente com membros do seu executivo, também esteve presente no protesto e demonstrou uma grande preocupação referente ao fecho das urgências, já que o Hospital de Penafiel “serve mais de meio milhão de habitantes”. “Sendo Penafiel uma das zonas mais jovens do país, é natural que existam mais mulheres grávidas, o que torna a situação mais preocupante”, refere ao TVS.
Enquanto presidente da câmara, Antonino de Sousa, esclarece que com sua presença “não quis mais do que, dar um testemunho de preocupação e mostrar-me solidário com esta iniciativa, que acontece num dia de inverno horrível, o que mostra bem a nossa preocupação.”
Recorde-se que, os utentes que tenham a necessidade dos serviços encerrados, têm a indicação de que devem procurar o atendimento para essas situações, no Hospital de São João, no Porto.













