A Rota do Românico entra numa nova era. Na passada quinta-feira, 17 de abril, foi assinado, no Centro de Interpretação do Românico, em Lousada, um protocolo de cooperação interinstitucional que promete transformar significativamente o futuro deste projeto turístico-cultural. O acordo envolve a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-NORTE), a Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) e a Associação de Municípios do Vale do Sousa (VALSOUSA), entidade responsável pela gestão da Rota.
Com este protocolo, nasce o projeto “Rotas do Norte”, sendo a “Rota Românico a Norte” um dos seus eixos centrais. O objetivo é claro: alargar a Rota do Românico a toda a Região Norte, reformulando o seu modelo de gestão e assegurando maior sustentabilidade e impacto cultural e turístico.
Para o presidente da VALSOUSA, Nuno Fonseca, este é um momento decisivo. “Este protocolo vai revolucionar a Rota do Românico, dando-lhe um novo alento para a sua ampliação, abrindo portas a 86 municípios e garantindo o acesso da rota a financiamento comunitário.” Acrescenta ainda que se trata de uma aposta estratégica para consolidar o Norte como referência cultural e turística.
A Rota do Românico, criada há 27 anos, inclui atualmente 58 monumentos e três centros de interpretação, distribuídos por 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega. Com esta nova etapa, a Rota será integrada num plano mais amplo que inclui outras rotas patrimoniais, como a “Arte e Arquitetura Contemporânea”, “Escritores a Norte” e “Arte Rupestre”, entre outras.
O presidente da CCDR-NORTE, António Cunha, destacou o simbolismo do momento, referindo que este é um dia “feliz para a cultura e para o património da Região Norte”. Já o vice-presidente da CCDR-NORTE, Jorge Sobrado, sublinhou que esta assinatura marca “o início da refundação do projeto”, apontando para um futuro com maior capacidade de internacionalização, sustentabilidade e influência.
Esta iniciativa insere-se no Plano de Ação Regional para a Cultura NORTE 2030, que prevê a valorização de rotas patrimoniais como forma de promover a identidade, a coesão territorial e o desenvolvimento económico através do turismo e da cultura.
A Rota do Românico ganha, assim, novo fôlego, posicionando-se como um projeto estratégico de valorização do património e motor de desenvolvimento regional para as próximas décadas.
Fotografia: Rota do Românico