Na sessão da Assembleia Municipal de Lousada realizada nesta quinta-feira, Pedro Amaral (PSD/CDS) acusou o vereador Nelson Oliveira de usar as suas redes sociais para promoção do seu trabalho autárquico com a chancela do Município de Lousada, referindo que “as informações institucionais publicadas pelo vereador e putativo candidato autárquico surgem nas suas redes sociais e depois nas redes sociais do Município”. Pedro Amaral questionou ainda se o vereador fez o grafismo das suas publicações, acusando o gabinete de comunicação de fornecer fotos de eventos municipais antes de publicarem nas redes sociais institucionais.
Na resposta, Nelson Oliveira assumiu que estava “preparado para falar de assuntos que valessem a pena para os Lousadenses, como Saúde e Habitação” e lamenta “que o assunto que mais preocupa PSD/CDS são o uso que dá ao seu Instagram pessoal”.
O vereador garante que todas as publicações que faz nas suas redes sociais “são apenas e só fruto do trabalho em representação do Município, que não custam 1 cêntimo ao Município porque estas plataformas são gratuitas e que é falso ter partilhado uma foto de um evento dos movimentos seniores antes da página do Município a ter publicado”, como se pode constatar dado que a dita publicação surge na página oficial da CML no dia 3 de fevereiro e o vereador partilhou a mesma no dia 4 de fevereiro.
Nesse seguimento, confrontou Pedro Amaral para fazer um exercício comparativo com o que faz o líder do seu partido e também Ministro, Nuno Melo, com o uso das suas redes sociais, dando ainda outros exemplos como Carlos Moedas (Presidente da CM Lisboa), Miguel Pinto Luz e o próprio Primeiro Ministro, Luís Montenegro que fazem publicações que posteriormente são aceites pela página oficial do Governo e vice-versa, “nunca tendo existido qualquer tipo de problema, sendo precisamente isso que é feito em Lousada”.
Pedro Machado também em resposta, considerou o assunto levantado como “ridículo”, dizendo que os “vereadores são livres e tem o direito de usar as suas redes sociais para divulgar o trabalho exercido no Município, o que também poupa recursos porque a alternativa seria pagar horas extraordinárias aos trabalhadores do gabinete de comunicação para andarem com os vereadores e presidente nas suas representações aos fins de semana, mas já se percebeu que a oposição o que gostaria era que houvesse Lei da Rolha”, lamentando que “este seja um assunto assim tão importante para a oposição”.