O recente encerramento de três empresas de confeções em Lousada, deixou quase 600 pessoas no desemprego. A maioria das afetadas são mulheres, de acordo com fontes da autarquia.
Ao que o Terras do Vale do Sousa – TVS sabe e, de acordo com as informações que têm chegado a este redação, o encerramento das fábricas foi feito “sem aviso prévio tendo ordenados em atraso e o subsidio de natal por pagar”. Além disso, a mesma fonte afirma que, “muitas das mulher são mães solteiras e algumas estão a passar dificuldades financeiras”.
A vereadora da Ação Social do município de Lousada, Maria do Céu Rocha, afirmou que esta “é uma situação muito difícil, mas estamos a fazer tudo para ajudar as pessoas no que nos for possível”, sinalizando que a Câmara de Lousada está a articular medidas com o Governo e com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
A empresa Leuman, situada em Macieira, já pediu a insolvência, o que deixa cerca de 90 pessoas no desemprego, precisou a autarca responsável pelo pelouro da Formação e Emprego naquele município.
As empresas SN1 e SN2, situadas em Casais, que tinham estado em “lay-off”, também encerraram, deixando no desemprego 350 operárias, segundo a vereadora.
Os últimos dias, contou, têm sido passados a trabalhar na agilização da inscrição no IEFP das pessoas afetadas para que, rapidamente, possam começar a receber o subsídio de desemprego. Para tal, foi reforçado com mais pessoas um gabinete específico nos Paços do Concelho, que atendeu 220 operárias, anotou.
Além disso, o gabinete de ação social da autarquia já está a trabalhar para garantir apoios aos agregados familiares mais necessitados afetados pelo desemprego.
“Estamos a trabalhar para minorar a situação de dificuldade dos casos mais complicados”, asseverou.
Maria do Céu Rocha admitiu que o setor de confeções, que predomina no concelho, atravessa dificuldades desde o ano passado, indicando saber de outras empresas que estão numa situação difícil.
Face à situação, destacou, está previsto para janeiro o início do processo de reconversão profissional das trabalhadoras afetadas pelo encerramento destas empresas, ministrado formação que capacite a mão de obra para setores alternativos, eventualmente a metalomecânica ou outros.
Sobre a situação no concelho, em comunicado, a concelhia do PSD, que é oposição na câmara, informou que contactou o Governo e a Assembleia da República comunicando a sua preocupação.
“Dos diversos contactos efetuados, o presidente da comissão política de Lousada, Leonel Vieira, recebeu a garantia de que o Governo está atento à situação”, lê-se.
Segundo o PSD, foi acionado o IEFP, que requereu a colaboração dos gabinetes de inserção profissional “para que os trabalhadores que ficaram sem o seu posto de trabalho possam ser inscritos rapidamente, para que, ainda este mês, venham a receber o subsídio de desemprego”.
“Recebemos também a garantia de que os trabalhadores vão receber tudo a que têm direito”, refere-se no comunicado, frisando que a concelhia social-democrata “continuará a acompanhar este assunto”.