Em Lousada, o investimento em habitação acessível, particularmente dirigido para casais jovens, continua em marcha.
O Município de Lousada continua a executar as obras aprovadas e comparticipadas pelo IHRU (Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana), sendo necessário que haja uma resposta mais célere por parte das entidades centrais, para avançar para outros investimentos há muito candidatados e reivindicados pelo município.
Em declarações ao Terras do Vale do Sousa (TVS), o vereador na juventude, Nélson Oliveira, que está integralmente envolvido neste projeto, explicou como é que o mesmo se está a proceder em Lousada e tocou em alguns pontos fundamentais que permitem a compreensão do que é, realmente, a habitação acessível na vila lousadense.
Começa por afirmar que “através do município, e validadas e aprovadas pelo IHRU, existem projetos em obra em Vilar do Torno em Alentém, Boim, Nevogilde e Sousela. Estas obras já estão em curso e são exclusivamente para arrendamento acessível, que não deve ser confundida com habitação social”. Habitação social o município já tem, e estes são encadeamentos sociais direcionados a estratos sociais mais desfavorecidos. Já a habitação acessível é para arrendamento, “que tem como foco preparar um regulamento que incida no apoio a jovens casais de Lousada que trabalhem e tenham alguns rendimentos”. O objetivo é que estes jovens tenham possibilidades financeiras de pagar rendas na ordem dos 200 ou 300 euros, que são valores muito elevados, em comparação às habitações sociais.
Habitações acessíveis querem combater a alta de preços do mercado imobiliário
O objetivo deste projeto, de acordo com o vereador Nélson Oliveira, passa por tentar “combater a alta de preços que tem surgido no mercado imobiliário, onde casas para arrendar estão na ordem dos 500 euros, ou até mais”.
A situação urgente do futuro empreendimento habitacional Hans Isler
O político refere, ainda, a situação referente ao edifício em frente à Guarda Nacional Republicana (GNR) de Lousada. “O terreno era municipal e foi cedido para que sejam construídos mais de 40 apartamentos naquele local. O projeto está feito e aprovado, ainda com o anterior governo. O nome será Edifício Hans Isler e o município está a aguardar que o IHRU lance o concurso da empreitada para que a obra possa começar”. Não deixa de referir que este é um projeto que compete, exclusivamente, ao IHRU.
Na freguesia do Torno também existe um terreno cedido pela junta de freguesia para a construção de habitação acessível. “Queremos que esse projeto veja a luz do dia, mas, no caso, é o IHRU que vai financiar o projeto, ao abrigo do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).”
Nélson Oliveira esclarece, também, que o executivo lousadense já conta com outros projetos para a construção e reabilitação de novas casas, também para habitação acessível, em terrenos municipais, como é o caso de Lagoas, Nevogilde e Meinedo. “Em termos gerais, são estas as habitações que estão aprovadas e sinalizadas no âmbito da Estratégia Local de Habitação e que o IHRU já tem conhecimento.”
Como é que os jovens podem usufruir da habitação acessível?
Tendo em conta que as habitações ainda estão “em grosso”, ainda não existe forma de os casais jovens de Lousada conseguirem uma casa nas habitações acessíveis do concelho. No entanto, o vereador Nélson Oliveira explicou como se irá proceder o processo de seleção. “As candidaturas serão feitas por concurso, mas só quando as casas estiverem na eminência de ficarem prontas. No momento serão avaliados um conjunto de critérios de valorização, desde os rendimentos, o facto de ser ou não residente em Lousada, será também avaliado se tem ou não habitação própria, ou se reside com os pais. Será tudo avaliado, e o fator da idade também é fundamental, já que o objetivo é privilegiar os jovens”, termina.