A professora doutora natural de Lousada, Flávia Sousa, foi distinguida no Reino Unido com o APS Emerging Scientist Award, um prémio internacional atribuído pela Academia de Ciências Farmacêuticas. A distinção reconhece o trabalho pioneiro de Flávia na área das nanovacinas para glioblastoma, um dos tumores cerebrais mais agressivos e letais.
Formada em Farmácia, com doutoramento em Ciências Biomédicas pela Universidade do Porto, Flávia Sousa tem desenvolvido a sua carreira na investigação de nanomedicina em instituições de prestígio na Europa, incluindo o Imperial College London, o Instituto Italiano di
Tecnologia e a Universidade de Groningen, na Holanda, onde atualmente é Professora Assistente.
A investigação da cientista foca-se no desenvolvimento de nanovacinas capazes de atacar eficazmente o glioblastoma, com o objetivo de criar terapias mais precisas e menos invasivas. Este trabalho representa um avanço importante no tratamento de um tumor que, devido ao rápido crescimento e destruição do tecido cerebral saudável, continua a ter prognóstico muito desfavorável.
Além do reconhecimento internacional, Flávia Sousa tem contribuído para a promoção da investigação científica em Portugal, estando envolvida na criação do Prémio Dr. Mário Fonseca, promovido pela autarquia de Lousada, destinado a estimular a investigação e a homenagear a memória de um médico local.
O prémio recebido destaca não apenas o percurso excecional da cientista, mas também o impacto potencial da sua investigação, que pode abrir novas portas no combate a doenças complexas e mortais, reforçando a importância da ciência na melhoria da qualidade de vida global.