Desde sempre existiu um preconceito para com aqueles que são considerados “viciados”. No entanto, inconscientemente, a sociedade condena mais uns vícios do que outros. Dentro da comunidade, ser viciado em estupefacientes ou em tabaco é um par de vezes mais condenatório do que ser viciado no jogo. Até dentro do vício no jogo existe uma hierarquia que começa nos piores vícios e termina naqueles que parecem não ser assim tão maus.
Os mais graves estão associados aos jogos de poker e aos casinos. Já os mais leves, como o vício em jogos online, em apostas e até em raspadinhas são quase desvalorizados. Não existe por parte da sociedade um julgamento para com aquela pessoa que todos os dias gasta dez euros em raspadinhas, da mesma maneira que existe um julgamento para com aquela que gasta, todos os dias, dez euros em tabaco.
A questão fundamental é que qualquer uma destas situações está ligada a uma adição que o ser humano não tem a capacidade consciente de controlar.