Na noite de ontem, uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Lousada foi abruptamente interrompida e adiada para a próxima quarta-feira. A reunião, marcada para discutir o Plano de Pormenor da Costilha, incluindo a Pista da Costilha e a proposta urbanística na envolvente, foi fortemente impactada pelo barulho da tradicional Noitada de Bombos, que encheu a vila com seus estridentes sons festivos.
O evento gerou um acalorado debate entre os partidos PS e PSD/CDS, com ambos os lados trocando críticas em relação aos planos em discussão. A oposição (PSD/CDS) havia anteriormente expressado preocupação com a escolha da data da sessão, alegando que coincidiria com as festividades locais, uma previsão que acabou por se confirmar.
Para tentar mitigar o impacto sonoro dos bombos, os deputados municipais decidiram fechar as janelas do salão nobre dos Paços do Concelho. No entanto, essa medida resultou em um desconforto adicional, pois as altas temperaturas tornaram o ambiente interno abafado e insuportável, levando à decisão de adiar a sessão.
Com a continuação da Assembleia Municipal marcada para a próxima semana, espera-se que os temas em discussão continuem a gerar intensos debates e elevados níveis de participação. A comunidade permanece atenta aos desdobramentos, aguardando as decisões que impactarão diretamente o futuro urbanístico da região.
É de relembrar que o tema em discussão, o Plano de Pormenor da Costilha tem feito bastante ruído na comunidade política local. Os terrenos da pista da Costilha sempre foram propriedade privada, pertencendo a um consórcio chamado INTUL, composto por vários empresários. Recentemente, esses terrenos começaram a ser transferidos para os filhos dos proprietários originais, que passaram a vê-los como terrenos sem rendimento em zona de construção. Esta situação levou um dos herdeiros a colocar os terrenos à venda, causando um tumulto.
Para evitar a venda desorganizada e promover uma renovação apropriada, a CML iniciou negociações para comprar os terrenos atuais, assim como para ampliar e remodelar a pista da Costilha, visando a possibilidade de receber competições internacionais. A oposição expressou discordância, argumentando que o plano beneficia principalmente os proprietários privados, ao invés do público.