Desde os primeiros meses de 2023, tanto o setor da moda, como o setor do calçado começaram a dar sinais de retração. As exportações da indústria têxtil e do vestuário caíram 2,3% face a um ano antes, para os 2031 milhões de euros. E, apesar de o calçado ainda resistir, a verdade é que as exportações também caíram e que estes são os setores mais sensíveis à perda de poder de compra.
O Terras do Vale do Sousa (TVS) contactou duas empresas do ramo do calçado da zona do Vale do Sousa, uma de Felgueiras e outra de Lousada (Lustosa), que nos delinearam um parecer da situação do setor do calçado no momento atual. Além disso, a empresa felgueirense, que se apresentou na MICAM, uma das maiores feiras internacionais do setor, contou ao TVS como é que decorreu o evento e qual é a importância do mesmo para a indústria do calçado. O semanário TVS esteve ainda à conversa com o presidente da Associação Empresarial de Felgueiras, que abordou os problemas setoriais da indústria do calçado.
“Infelizmente, na empresa a situação não está das melhores. Acabamos por ter algumas encomendas, mas a realidade é que, desde os primeiros meses do ano, a quantidade de encomendas baixou para metade. Temos meses com mais trabalho e meses com menos”, ouve-se na generalidade das empresas.