19 setembro 2024, 22:46
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    Reunião em Penafiel assume que autarcas nortenhos querem “andar depressa” nos apoio às vítimas dos incêndios

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    O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeida, disse hoje haver “grande vontade” do Governo e dos autarcas da região Norte para andarem depressa nos apoios às vítimas dos incêndios. A reunião entre os autarcas decorreu em Penafiel.

    “Eu diria que era impossível andar mais depressa do que estamos a fazer”, afirmou.

    No encontro, os representantes dos municípios elencaram ao Governo as situações mais gravosas nos seus territórios.

    “Os assuntos foram sinalizados, o levantamento formal vai começar amanhã [quinta-feira]”, referiu, acentuando que as situações mais comuns referidas pelos autarcas têm a ver com casas ardidas.

    “Há várias casas de primeira habitação que têm de ser recuperadas rapidamente”, observou, indicando que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte vai fazer chegar às câmaras um inquérito para que possam explicitar as diferentes naturezas dos danos”.

    Referiu ainda que, a partir de quinta-feira, a CCDR Norte já “estará disponível para ir com as câmaras ao terreno” para começar as avaliações dos problemas e calcular o montante dos danos”.

    Castro Almeida informou que a CCDR Centro já esteve hoje no terreno a avaliar as casas e as fábricas que arderam naquela região.

    Reafirmando a vontade de se “fazer tudo muito rapidamente, para ajudar as pessoas em dificuldades”, sinalizou, porém, que tudo tem de ser feito “com grande segurança”.

    “Às vezes, há apetites de pessoas de poderem usar estes fundos para meios indevidos e abusar da boa vontade do Estado”, avisou, apontando para a necessidade de “conciliar um princípio de grande rigor, certeza e segurança, sem atrasar demasiado o processo, por uma questão de humanidade, porque há pessoas que estão à espera”.

    Reportando-se às situações em que agricultores do Norte “perderam tudo” o que tinham com os incêndios dos últimos dias, sinalizadas pelos autarcas, considerou que essas situações devem ser prioritárias nos apoios.

    “Muitas vezes, em zonas agrícolas, os agricultores dependem totalmente dos animais que têm em casa, do campo que têm à porta e do seu celeiro. Portanto, se ardeu tudo isto, ele está na iminência de ficar sem nada, sem ter o que comer. Isto vai ser objeto de atenção particular”, destacou aos jornalistas.

    Indicou ainda que a reconstrução de escolas e centros de saúde afetados pelos incêndios também será prioritária.

    O apoio será realizado a partir de dois níveis: o municipal e o governamental.

    “O primeiro nível de intervenção é o das câmaras municipais, o Governo entra num nível de intervenção, onde as câmaras não podem chegar, que exige mais recursos financeiros”, disse.

    Contudo, para o ministro, “o centro do apoio vai estar nas câmaras por estarem mais próximas dos problemas”.

    Questionado sobre os montantes que vão ser disponibilizados, referiu que essa questão só será definida quando for concluído o levantamento dos estragos.

    Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

    A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.

    Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), hoje pelas 12:00, estavam em curso 44 incêndios, dos quais 23 eram considerados ocorrências significativas, que envolviam mais de 3.000 operacionais, apoiados por perto de mil meios terrestres e 19 meios aéreos. 

    O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.

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