13 setembro 2024, 15:01
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    “Esta é uma profissão para quem gosta e ponto final”, chef de cozinha Pedro Machado

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    O chef Pedro Machado é natural da Aparecida, em Lousada. Destaca-se como um lousadense dedicado à cozinha e a esta arte que é apreciada por tantos. Participou no concurso Jovem Talento da Gastronomia e ficou entre os finalistas. Para além de aficionado por cozinha é, ainda, apaixonado por economia, o que foi um dilema no início da carreira, já que não sabia que caminho seguir.

    Hoje, vamos conhecer a história do chef que tem muito a contar e alguns conselhos a deixar.

    Quando foi interpelado pelo Terras do Vale do Sousa (TVS) para que contasse a sua história de vida, rapidamente afirmou que não está “muito habituado” a falar de si próprio. “Facilmente vivia na sombra de um chaparro, se fosse alentejano”, diz entre risos, para se referir à forma simples e até “anónima” com que não se importa de viver a vida. No entanto, refere que, por outro lado, na área em que esta, precisa de “partilhar um pouco” do que faz, do que é e de como é que se diferencia entre os demais.

    O chef Pedro tem 27 anos, mas engana-se quem pensa que a tenra idade pode ser considerada sinónimo de pouca experiência. Veste, “orgulhosamente”, a camisola da Aparecida e é pai de uma menina que tem ainda menos de um ano.

    Chef Pedro Machado esteve num dilema entre seguir cozinha ou economia

    “O caminho da cozinha começou quando fui obrigado a escolher uma área. Eu estava muito dividido entre economia e cozinha. Duas áreas completamente distintas. Adoro números e considero-me um apaixonado por esta área desde sempre, no entanto, na altura acabei por escolher a cozinha. Não sei se foi irrefletidamente, porque já cozinhava em casa, ou por achar que esta área traria um retorno mais direto, o que, na verdade, acaba por acontecer, já que numa outra área teria de desenvolver um projeto que poderia durar meses ou anos e, no caso do meu ramo, apesar de pensar a longo prazo, quando sirvo uma refeição, automaticamente, recolho o feedback. O contacto com as pessoas é algo que me agrada bastante”, explica.

    Hoje em dia os dias do chef passam-se entre o restaurante Verdial, em Felgueiras, e a sua casa na Aparecida.

    “Pretendo absorver todos os conhecimentos pelos sítios onde passo”

    Conta ao TVS que estudou no Externato Nossa Senhora Aparecida, em Lousada, onde passado alguns anos também foi formador. Explica que escolheu a instituição, já que tinha expectativas de conseguir um bom estágio e, apesar de “não ser muito de estudar”, considera que “um preguiçoso, por vezes, consegue atalhos para chegar ao seu destino”.

    Sempre teve ótimos resultados e, na altura, após lhe ser atribuído um estágio “não tão favorável”, fez uma troca e começou a estagiar no DOP, um restaurante de luxo e referência na cidade do Porto. Terminou o estágio na Casa de Chá da Boa Nova, um dos projetos do chef Rui Paula, que conta com duas Estrelas Michelin.

    No final conseguiu logo emprego no restaurante DOC, na Régua, que afirma ser uma experiência “muito marcante”, já que trabalhou com uma empresa essencialmente jovem.

    “Trabalhávamos muito intensamente. Na altura, um dia fraco eram 14 horas de trabalho. Ao final de um ano senti que já tinha absorvido tudo o que precisava e mantive a minha forma de pensar que se baseava em apreender e recolher tudo aquilo quer tivesse oportunidade pelos locais por onde passava. Quando a aprendizagem estivesse concluída eu migrava para o próximo destino”, conclui.

    O chef voltou para a Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, onde fez parte da equipa que conquistou a primeira Estrela Michelin da casa. Quando saiu do estabelecimento a escolha foi “incompreendida por algumas pessoas”, mas o chef manteve o pensamento de que “era jovem” e teria “muito a aprender” noutros locais.

    Leia a reportagem completa a nossa edição impressa.

    Fotografias de Estúdio Base 2

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