12 novembro 2025, 06:19
Mais
    InícioCasos de PolíciaPortuguês declara-se culpado de crime em Hong Kong

    Português declara-se culpado de crime em Hong Kong

    Published on

    Um cidadão português declarou-se culpado do crime de incitação à subversão num tribunal de Hong Kong, que rejeitou o pedido da defesa para que Joseph John saísse sob fiança. O homem, conhecido como Wong Kin Chung, aceitou a acusação, que acarreta uma pena máxima de 10 anos de prisão, numa sessão no tribunal do distrito de Wanchai. O advogado de defesa apresentou um pedido para que o português, detido desde o final de outubro, saísse sob uma fiança no valor de 26 mil dólares de Hong Kong (cerca de três mil euros). No entanto, o juiz Stanley Chan Kwong-chi rejeitou o pedido, considerando que o arguido continua a representar um perigo para a segurança nacional da China e voltou a adiar, pela quarta vez, o início do julgamento.

    Stanley Chan é um dos juízes nomeados pelo governo de Hong Kong para lidar com casos ligados à lei de segurança nacional, promulgada em 2020 por Pequim para pôr fim à dissidência na região semiautónoma chinesa. Esta lei criou o crime de incitação à subversão, com uma pena mínima de cinco anos de prisão e uma pena máxima de 10 anos que, em 9 de março, foi adicionado pelo Ministério Público à acusação contra Joseph John. O português foi inicialmente acusado do crime de sedição, ao abrigo de uma outra lei, da era colonial britânica, cuja pena máxima é de dois anos de prisão. De acordo com a acusação, Joseph John era administrador do perfil na rede social Facebook do Partido para a Independência de Hong Kong. A organização foi fundada no Reino Unido em 2015, mas a comissão eleitoral britânica revogou o estatuto de partido político em 2018. O suspeito, funcionário do Royal College of Music no Reino Unido, terá usado o perfil para, desde setembro de 2019, “lançar uma campanha de angariação de fundos para despesas militares, enviar petições para páginas de governos estrangeiros e apelar ao apoio de tropas estrangeiras”. O homem terá apelado a Londres para declarar que a China estaria a “ocupar ilegalmente” Hong Kong, assim como pediu ao Reino Unido e aos Estados Unidos para enviarem tropas para a antiga colónia britânica, cujo controlo passou para Pequim em 1997.

    O arguido, nascido em Hong Kong e com estatuto de residente permanente na região administrativa especial chinesa, terá pedido um salvo-conduto para deslocação ao interior da China. A China, cujo regime jurídico chinês não reconhece a dupla nacionalidade, só atribui o salvo-conduto a pessoas de etnia chinesa e considera que o documento serve como reconhecimento da nacionalidade chinesa.

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Publicidade

    mais recentes

    MUNICÍPIO CELEBRA O MÊS MUNICIPAL DO CUIDADOR INFORMAL COM HOMENAGEM AOS CUIDADORES DO CONCELHO

    O concelho de Lousada assinala, este mês, a 3.ª edição do Mês Municipal do...

    COLISÃO ENTRE DOIS VEÍCULOS EM VANDOMA FAZ UM FERIDO LIGEIRO

    Uma pessoa sofreu ferimentos ligeiros na sequência de uma colisão entre dois automóveis, ocorrida...

    AUTARQUIA ASSINALA O DIA NACIONAL DA LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA COM SEMINÁRIO NA BIBLIOTECA MUNICIPAL

    A Câmara Municipal de Felgueiras vai assinalar o Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa...

    “PELOS CAMINHOS DA ÁGUA” PROMETE UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA  

    No próximo dia 15 de novembro, entre as 9h e as 12h, o Complexo...

    CASTELO DE PAIVA CELEBROU 189 ANOS DE ATRIBUIÇÃO DO NOME DO CONCELHO

    O Município de Castelo de Paiva assinalou na manhã de quinta-feira, 6 de novembro,...