Este domingo, dia 28 de abril, faz um ano que o meu amado marido, jornalista e diretor Sérgio Afonso nos deixou com saudades eternas. A sua falta é sentida todos os dias, em todos os momentos, por todos.
Não são raras as mensagens e ligações que recebo de amigos, familiares, parceiros, clientes, colegas de trabalho e desconhecidos a recordar a pessoa e o profissional, sempre apaixonado a divulgar as terras e gentes do Vale do Sousa. Tenho certeza que a sua bondade, alegria e profissionalismo serão sempre lembrados. Estes últimos meses foram bem pesados, longos, intensos… Só eu sei como foi difícil seguir sem o seu apoio, sem a sua presença física, sem o amigo e marido que me fez feliz e me impulsionou por 18 anos.
Tenho sempre em mente as nossas conversas, os seus ensinamentos. Antes do fim, entregou-me o Terras do Vale do Sousa (TVS), dizendo que só eu era capaz de superar o desafio e que o fizesse até quando possível. Penso que ficaria feliz com o resultado! Foram tempos difíceis, um trabalho árduo, mas com vontade e uma excelente equipa tudo foi possível.
Sérgio Afonso Nunes da Silva era o proprietário da Empresa Editorial do Vale do Sousa e jornal TVS. Lousadense de alma, nasceu a 22 de fevereiro de 1968, em Castelo de Paiva, e residia em Lousada, onde tinha o seu seio familiar. Além de diretor do TVS, foi colaborador do jornal O Jogo e dedicou uma vida inteira ao jornalismo, sendo reconhecido como grande impulsionador da imprensa regional.
Deu os seus primeiros passos no jornalismo ainda criança, escrevendo pequenos textos e colaborando com a paginação e em todo o seu setor de produção. Participou na elaboração e paginação de diversos jornais, como Correio do Douro, Miradouro, Terras do Paiva, Fredemundus – Jornal de Freamunde e Notícias de Vizela. Foi ainda correspondente em Lousada do já extinto diário Comércio do Porto e teve programas de sua autoria na Rádio Lousada (ainda nos tempos da pirataria) e Rádio Clube de Penafiel.
De sublinhar ainda a passagem pela Anégia Editores, durante dois anos, onde trabalhou e teve participação ativa em dezenas de obras monográficas, entre as quais Lousada – Terra Prendada.
Era conhecido também pela sua forte ligação ao desporto, um apaixonado por corridas (rali) e Hóquei em Campo, pertencendo à equipa da Associação Desportiva de Lousada (como atleta e treinador) e à equipa do Juventude Hóquei Clube (como treinador).
A paixão pela música levou-o a trabalhar em grandes eventos de caráter mundial, salientando-se o Rock in Rio Lisboa (Portugal), Festival de Verão de Salvador (Brasil) e Festival de Verão de Vigo (Espanha). Como a fotografia era outra das suas artes de eleição, aproveitou o facto para registar para a posteridade os grandes nomes do pop/rock mundial, como Pink Floyd, Roger Waters, Metallica, Scorpions, U2, Sting, Rolling Stones, Guns N´ Roses, AC/DC, Bom Jovi, Red Hot Chili Peppers, entre outros. A sua ausência pesa em nós todos os dias, mas o seu legado e as boas lembranças acalmam e aquecem os nossos corações. A morte não é o fim, é apenas o corpo físico que perece; a vida espiritual prossegue. Afinal, “nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei”.
Paula Santana,
Diretora