A edição de maio do BioLousada “saltou as fronteiras” do município lousadense e levou os participantes a conhecerem o Parque das Serras do Porto. O Parque das Serras do Porto é contemplado umpatrimónio natural único, com especial destaque para os recursos geológicos e arqueológicos.
A visita teve como objetivos dar a conhecer à comunidade de participantes do BioLousada os valores naturais deste território, bem como os desafios na gestão de uma Paisagem Protegida Regional com cerca de 6000 hectares.
Ao longo do dia foram visitados locais emblemáticos e espaços que estão atualmente a ser alvo de restauro ecológico, dos 3 municípios que compõem o Parque das Serras do Porto, são eles Paredes, Valongo e Gondomar.
O dia começou no ponto mais alto, no Miradouro de Santa Justa, em Valongo, onde a equipa técnicado Parque enquadrou o cariz periurbano deste território.Ainda em Valongo, abordou-se o património histórico e geológico ligado à mineração romana, único e que ainda esconde muitos segredos, entre os cerca de 15 km de túneis subterrâneos.
A nível de património natural, as áreas de eucaliptal e pinhal representam uma área significativa na qual se sustenta a economia da região, no entanto, há ainda paisagens muito representativas de habitats muito importantes, como as charnecas, carvalhais e galerias ripícolas.
Na aldeia de Couce (Valongo) e no Parque da Senhora do Salto, município de Paredes, foi possível contemplar exemplos de património biológico e imaterial, com a lenda das “marmitas de gigante”. O dia terminou no município de Gondomar, entre raros exemplares de grandes dimensões de aderno (Phillyrea latifolia), uma espécie nativa de arbusto, cada vez menos frequente no nosso território.
No alto da Torre do Castelo de Aguiar de Sousa, monumento da Rota do Românico, houve ainda tempo para discutir os desafios de um território que ainda luta contra as espécies invasoras, áreas de monocultura e a expansão urbana. No entanto, foram muitos os testemunhos dados de projetos realizados com sucesso que mostram que a gestão territorial e preservação de valores naturais, apesar de muito exigente e difícil, é possível e já está a dar frutos.