O Agrupamento de Escolas Joaquim de Araújo (AEJA), no concelho de Penafiel, reafirma a sua capacidade para acolher Nilton, um aluno de 10 anos com multideficiência, depois de a Câmara Municipal de Paredes ter alegado que a escola não dispunha das condições necessárias para o receber.
Segundo a direção do agrupamento, a informação da autarquia paredense baseou-se num pedido de esclarecimento sobre valências de ensino estruturado para alunos com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA), nos 2.º e 3.º ciclos. Contudo, Nilton frequenta o 1.º ciclo e apresenta um quadro clínico distinto, que inclui neoplasia cerebral congénita, epilepsia refratária, atraso global do desenvolvimento psicomotor e perturbação do desenvolvimento intelectual de grau ligeiro a moderado.
A mãe de Nilton confirmou ter estado reunida com a direção do agrupamento em março e novamente na última semana, sendo-lhe sempre assegurado que havia condições para integrar o filho no AEJA.
Este episódio evidencia falhas na circulação de informação entre entidades e sublinha a importância do diálogo direto com as famílias e da confiança nas escolas que, como o AEJA, assumem a inclusão como um compromisso efetivo e diário.