A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa apresentou, no passado dia 30 de junho, no MACC BAIÃO – Mosteiro de Ancede Centro Cultural, os resultados da investigação desenvolvida pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), cujo trabalho de recolha de dados em campo decorreu nos concelhos da região do Douro, Tâmega e Sousa.
A apresentação dos resultados esteve a cargo de José Aranha, professor da UTAD e responsável pela investigação, que tem o objetivo de contribuir para o controlo da espécie exótica no território do Douro, Tâmega e Sousa, através da criação de mecanismos de controlo e inativação de ninhos de vespa velutina, de forma mais simples e eficaz. Depois de dois anos, a investigação permitiu concluir que a prevenção é mais eficiente que o combate a esta espécie invasora. Os resultados obtidos demonstraram que, no que concerne à instalação de armadilhas primárias, os ataques foram menos intensos no verão, enquanto a utilização de harpas elétricas permitiu diminuir o número de ataques e a intensidade dos mesmos. Nessa sequência, a CIM do Tâmega e Sousa procedeu à aquisição, para os 11 municípios que a integram, de equipamento de inativação de ninhos da vespa velutina com o biocida desenvolvido pela UTAD.
A investigação permitiu ainda aferir a necessidade de tanto as ações de prevenção como as de inativação dos ninhos ocorrerem ao longo de todo o ano, em função do ciclo biológico da espécie. É também de referir que a região do Douro, Tâmega e Sousa continua a ser uma das mais afetadas a nível nacional por esta espécie invasora, pelo que esta parceria vem dar continuidade e reforçar os trabalhos já desenvolvidos no âmbito de outros projetos. Em comunicado de imprensa, a CIM do Tâmega e Sousa refe que “ se mantivesse o modelo de registo e de destruição de ninhos, a vespa velutina iria continuar a sua expansão”.